segunda-feira, 19 de março de 2012

Voltando a Ativa

Bom Dia Pessoal hoje estarei voltando a postar no blog e peço desculpa por tanto tempo se postar

domingo, 15 de maio de 2011



Lectio Divina

A “Lectio Divina” é uma expressão latina já presente e consagrada no vocabulário católico, que pode ser traduzida como “leitura divina”, “leitura espiritual”, ou ainda como ocorre hoje em nosso país e em vários escritos atuais, como “leitura orante da Bíblia”. Ela é um alimento necessário para a nossa vida espiritual. A partir deste exercício, conscientes do plano de Deus e a Sua vontade, pode-se produzir os frutos espirituais necessários para a salvação. A Lectio Divina é deixar-se envolver pelo plano da Salvação de Deus. Os princípios da Lectio Divina foram expressos por volta do ano 220 e praticados por monges católicos, especialmente as regras monásticas dos santos: Pacômio, Agostinho, Basílio e Bento. O tempo diário dedicado à lectio divina sempre foi grande e no melhor momento do dia. A espiritualidade monástica sempre foi bíblica e litúrgica. A sistematização do método da lectio divina nós encontramos nos escritos de Guigo, o Cartucho, por volta do século XII.


A Lectio Divina tradicionalmente é uma oração individual, porém, pode-se fazê-la em grupo. O importante é rezar com a Palavra de Deus, lembrando o que dizem os bispos no Concílio Vaticano II, relembrando a mais antiga tradição católica – que conhecer a Sagrada Escritura é conhecer o próprio Cristo. Monges diziam que a Lectio Divina é a escada espiritual dos monges, mas é também de todo o cristão. O Papa Bento XVI fez a seguinte observação num discurso de 2005: “Eu gostaria, em especial, recordar e recomendar a antiga tradição da Lectio Divina, a leitura assídua da Sagrada Escritura, acompanhada da oração que traz um diálogo íntimo em que na leitura, se escuta Deus que fala e, rezando, responde-lhe com confiança a abertura do coração”.


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O Concílio Vaticano II, em seu decreto Dei Verbum 25, ratificou e promoveu, com todo o peso de sua autoridade, a restauração da Lectio Divina, retomando essa antiqüíssima tradição da Igreja Católica. O Concílio exorta igualmente, com ardor e insistência, a todos os fiéis cristãos, especialmente aos religiosos, que, pela freqüente leitura das divinas Escrituras, alcancem esse bem supremo: o conhecimento de Jesus Cristo (Fl 3,8). Porquanto, “ignorar as Escrituras é ignorar a Cristo” (São Jerônimo, Comm. In Is., prol).


O método mais antigo e que inspirou outros mais recentes, é que, seja pessoalmente, em comunidade ou no círculo bíblico nós comecemos a reflexão com a Palavra de Deus e que, depois da invocação do Espírito Santo, segue os passos tradicionais: 1- Lectio (Leitura); 2- Meditatio (Meditação); 3- Oratio (Oração) e 4- Contemplatio (Contemplação). Existem outros métodos que, inspirados aqui, procuram ajudar o cristão a acolher em sua vida a Palavra de Deus e a colocar em prática no seu dia a dia. Em nossa 48ª Assembleia dos Bispos do Brasil, celebrada em Brasília de 3 a 13 de maio último, além de tratar como tema central a “Palavra de Deus”, proporcionou aos Bispos, na manhã do domingo, dia 9, um tempo para lerem, meditarem e rezarem com esse método. A mensagem que foi publicada sobre o tema central está baseada justamente nesse clima. Chegou o momento de passarmos a colocar em nossos grupos de reflexão, círculos bíblicos e outros grupos a Palavra de Deus como fonte de reflexão e inspiração para iluminar a nossa realidade concreta.


Dom Orani João Tempesta,


(Arcebispo de São Sebastião do Rio de Janeiro)

segunda-feira, 9 de maio de 2011

Somente em Deus, o homem encontra verdadeira alegria, diz Papa

Na tarde deste domingo, 8, o Papa Bento XVI encontrou-se com o clero, religiosos e leigos na Basílica de São Marcos, em Veneza, e agradeceu a todos que colaboraram na realização de sua visita pastoral ao Nordeste da Itália.
"Gratidão e alegria são os sentimentos que caracterizam este nosso encontro, que se realiza nesse espaço sagrado, repleto de arte e memória, da Basílica de São Marcos, onde a fé e a criatividade humana deram origem a uma eloquente catequese de imagens. Este templo é imagem e símbolo da Igreja de pedras vivas, que são vocês, cristãos de Veneza" – frisou o Papa.
Comentando o versículo do Evangelho de São Mateus em que Jesus convida Zaqueu, que era chefe dos cobradores de impostos, a descer depressa, pois hoje ele ficaria em sua casa, o Pontífice sublinhou que "a verdadeira realização do ser humano e sua alegria não se encontram no poder, no sucesso, no dinheiro, mas somente em Deus, que Jesus Cristo nos revelou". Zaqueu acolheu Jesus, encontrou a plenitude da vida e a felicidade.
"Querida Igreja em Veneza! Imite o exemplo de Zaqueu e vai além! Supere e ajude o homem de hoje a vencer os obstáculos do individualismo e do relativismo. Não tenha medo de ir contra a corrente a fim de encontrar Jesus. Avance confiante no caminho da nova evangelização, no serviço dedicado aos pobres e no testemunho corajoso dentro das realidades sociais. Você é portadora de uma mensagem que é para cada pessoa, uma mensagem de fé, esperança e caridade", ressaltou Bento XVI.
O Papa convidou os fiéis a não pouparem energias no anúncio do Evangelho e na educação cristã. "Queridos amigos, a missão da Igreja dá fruto porque Cristo está realmente presente no meio de nós, de maneira particular na Eucaristia. A comunhão com o Senhor é também comunhão com os outros", sublinhou o Pontífice.
"Da Eucaristia, fonte inexaurível do amor divino, vocês poderão extrair a energia necessária para levar Cristo aos outros e os outros a Cristo, e serem cotidianamente testemunhas da caridade e da solidariedade, e partilhar os seus bens com os irmãos necessitados", concluiu o Papa.

domingo, 1 de maio de 2011

A todos



“Irmãos e irmãs, não tenham medo de acolher Cristo e de aceitar Seu poder! E ajudai o Papa e todos aqueles que querem servir a Cristo e servir ao homem e a humanidade inteira! Não temam! Abram, ou melhor, escancarem as portas para Cristo!


quarta-feira, 27 de abril de 2011

Juventude, dom de Deus

Amor: o ponto de encontro entre a Igreja e os jovens



"Escrevo a vocês, jovens, porque são fortes: venceram o Maligno" (1João 2,13)


Estas palavras do apóstolo João demonstravam que a Igreja, desde o início, teve uma atenção especial para com a juventude. Considerando-a, sempre, não como problema, mas como dom de Deus, conforme afirmou o Papa João Paulo II. Dom de Deus porque a juventude é um tempo concedido pelo Senhor como presente. É necessário, pois, não esbanjar esse dom, mas administrá-lo com responsabilidade, a fim de que produza frutos para a vida do mundo e da própria Igreja. Mas, afinal de contas, o que é a juventude? Não é simplesmente aquela etapa da vida que corresponde a determinado número de anos. A juventude é o tempo de procura de respostas para questões fundamentais: qual o sentido da vida? Que significa ser livre? No evangelho, um jovem pergunta a Jesus: "Bom Mestre, o que devo fazer para possuir a vida eterna?"


A juventude é também tempo da procura do amor, que consiste em se responsabilizar pelo outro, pelo respeito à sua dignidade, pelo seu crescimento como pessoa, pela sua felicidade. É o tempo em que o jovem procura construir um projeto concreto para a vida.Enfim, a juventude é o tempo do dever, isto é, tempo em que a pessoa se percebe, de modo intenso, responsável por si mesma, pelo bem comum da sociedade e pelo futuro do mundo. Com muita propriedade, João Paulo II afirmou que os jovens são as sentinelas do amanhã.


A Igreja está consciente de tantos perigos que hoje ameaçam, sobretudo, os jovens. Ela recorda às autoridades da Nação o dever que têm de sanar, com medidas eficazes e urgentes, os obstáculos que levam tantos jovens ao desânimo e à perda de esperança com relação ao futuro: analfabetismo, desemprego, falta de oportunidade de ingresso em escolas de boa qualidade, que os qualifiquem profissionalmente para enfrentar as exigências do mercado de trabalho. Na mensagem que dirigiram à juventude, por ocasião da 44ª Assembléia Geral da CNBB, os Bispos renovam o compromisso de acolher os jovens e ajudá-los com novas metodologias na sua formação humana e cristã. Nossas dioceses, paróquias e comunidades se propõem a adotar instrumentos pastorais para que eles sejam não só destinatários, mas sujeitos da evangelização, sobretudo com relação ao mundo juvenil. A evangelização é resposta a uma busca, pois todas as pessoas, sobretudo os jovens, de modo misterioso, estão à procura de alguém que seja, de fato, Caminho, Verdade e Vida. Só Cristo é capaz de dar sentido profundo à nossa vida. Para atingir este objetivo, a Igreja, inspirada nos ensinamentos do Papa Bento XVI em sua encíclica Deus Caritas Est, quer se esforçar para ser, cada vez mais, a Igreja da Caridade, fazendo do amor o centro de sua mensagem. Fazendo do amor o ponto de encontro entre ela e os jovens.



Dom Benedito Beni
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